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Horas após morte de empresário, suspeitos tomaram café com esposa da vítima para consolá-la durante sumiço; VÍDEO

Imagens mostram Marlon Junior, Tadeu Silva e Marcela de Almeida chegando a prédio na zona Norte de São Paulo. Investigação aponta que Nelson Carreira morreu...

Horas após morte de empresário, suspeitos tomaram café com esposa da vítima para consolá-la durante sumiço; VÍDEO
Horas após morte de empresário, suspeitos tomaram café com esposa da vítima para consolá-la durante sumiço; VÍDEO (Foto: Reprodução)

Imagens mostram Marlon Junior, Tadeu Silva e Marcela de Almeida chegando a prédio na zona Norte de São Paulo. Investigação aponta que Nelson Carreira morreu com tiro durante reunião e que corpo foi jogado em rio. Suspeitos de matar empresário foram a apartamento da esposa da vítima para consolá-la Os três suspeitos de participar da morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho chegaram a se encontrar com a esposa da vítima, horas após o crime, para consolá-la durante o sumiço do marido. Nelson está desaparecido desde 16 de maio, quando participou de uma reunião de negócio na empresa de suplementos alimentares dos suspeitos, em Cravinhos (SP). A principal hipótese da investigação é de que ele morreu com um tiro durante essa reunião e que o corpo foi jogado em um rio na região de Miguelópolis (SP). A Justiça decretou a prisão temporária do trio, que está foragido. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Imagens de câmeras de segurança mostram Marlon Couto Paula Junior, dono da empresa, Tadeu Almeida Silva e Marcela Silva de Almeida, esposa do Marlon e sobrinha do Tadeu, chegando ao prédio onde mora a esposa de Nelson, na zona Norte de São Paulo. O registro é na madrugada seguinte à reunião (assista acima). De acordo com apuração da EPTV, afiliada da TV Globo, os suspeitos tomaram café com a esposa como forma de simular preocupação com o desaparecimento de Nelson. Dias depois dessa visita, em mensagens enviadas à EPTV, a esposa chegou a dizer que o marido falava bem dos responsáveis pela empresa em Cravinhos. "Ele [marido] é uma pessoa muito querida, faz amizade fácil e falava muito bem da pessoa com a qual foi conversar [em Cravinhos], sempre ria ao telefone quando conversavam", relatou à época. Suspeitos da morte do empresário Nelson Carreira Filho foram a apartamento para consolar esposa da vítima Câmera de segurança LEIA TAMBÉM Quem são os suspeitos de matar empresário durante reunião de negócios e jogar corpo em rio no interior de SP Como agiram os suspeitos Segundo as investigações, Marlon matou o empresário e jogou o corpo em um rio. Tadeu, por sua vez, presenciou a morte e ajudou na ocultação do cadáver, além de levar o carro de Nelson até a capital paulista e abandoná-lo lá. Já Marcela, ainda de acordo com a polícia, foi com Marlon buscar Tadeu em São Paulo. Ao decidir pela prisão temporária de 30 dias, o juiz Rodrigo Brandão Sé destacou que Tadeu, em depoimento à Polícia Civil, detalhou a dinâmica do homicídio. "Relatou com precisão a forma como a vítima foi abordada, os meios empregados na consumação do delito, a destinação dada ao corpo, bem como o local exato onde os executores teriam desovado o cadáver. Além disso, o investigado apontou que os autores, após a consumação do crime, elaboraram um plano, retornando com o veículo da vítima à cidade de São Paulo, onde o abandonaram estrategicamente", pontua. Em relação a Marlon, o magistrado citou que o suspeito se portou de forma fria junto à esposa da vítima na delegacia. "Marlon se portava de forma fria, como se quisesse ajudar, questionando a esposa da vítima sobre o desaparecimento de Nelson, indicando que os investigados, ao manterem contato com ela após os fatos, visavam reforçar a falsa narrativa de desaparecimento", complementa. Além das prisões, a Justiça expediu outros seis mandados de busca e apreensão nos escritórios, residência e sítio de Tadeu. Suspeitos da morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho em Cravinhos, SP Arte/EPTV O que dizem as defesas? O advogado de Tadeu, Renato Savério, disse na terça-feira (27) que ele confessou ter visto o homicídio e que ajudou a ocultar o corpo de Nelson. Ainda segundo Savério, Tadeu levou o carro do empresário até São Paulo (SP). De acordo com a defesa, é Tadeu quem aparece nas imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia usando o boné de Nelson nas proximidades de onde o veículo foi deixado na zona Norte de São Paulo no mesmo dia do sumiço. Apesar disso, Savério ressaltou, nesta quarta-feira (28), que o cliente não irá se entregar neste momento, uma vez que já teria colaborado com as investigações. Já o advogado Nathan Castelo Branco, que defende Marlon, disse que o empresário está em viagem de negócios, mas vai se apresentar à polícia para esclarecer os fatos. O g1 procurou, mas não encontrou a defesa de Marcela. Vestígios de sangue O delegado Sebastião Picinato, que coordena a investigação da morte do empresário, disse que a perícia encontrou vestígios de sangue na empresa onde ele participou da reunião. O trabalho da Polícia Científica foi feito na noite desta terça-feira (27). Segundo o delegado, as marcas de sangue foram identificadas pelos peritos com o uso de luminol, o que não deixa dúvidas à polícia de que Nelson foi morto no prédio. Não há informações sobre em qual parte do estabelecimento ocorreu a morte. Picinato afirmou que o piso da empresa foi lavado com água e que uma tinta à base de epóxi foi usada para mascarar o local. Porém, vestígios de sangue foram achados em uma mangueira, um rodo e no ralo. O trabalho da perícia na noite passada teve apoio de uma equipe da CPFL para desligar a energia da rua. Segundo o delegado, o luminol é mais confiável quando usado à noite e em local completamente escuro. "Realizamos as técnicas recomendadas para esse exame pericial. No trabalho, a presença imprescindível da CPFL, que fez o corte de energia, possibilitou identificar sangue nos ralos, em uma mangueira utilizada para lavar [o prédio], tal qual descrito pelo investigado, e também em um rodo usado para raspar a água com sangue. Nós não temos dúvidas de que o assassinato ocorreu no interior da fábrica, porque há vestígios de sangue revelados", explicou. Peritos usaram luminol para encontrar sangue em prédio onde empresário pode ter sido morto Reprodução/EPTV Desaparecimento No dia 16, Nelson saiu de carro de São Paulo e foi até Cravinhos, na região de Ribeirão Preto, para uma reunião. O encontro terminou às 14h20. Ao procurar a polícia, a esposa dele disse que o último contato com o marido foi às 12h57, pouco antes do fim da reunião. Ela ainda enviou mensagens depois disso, mas não obteve resposta. O carro do empresário foi flagrado em praças de pedágio no interior de São Paulo, momentos depois da reunião de negócios em que o homem foi visto pela última vez. Em todas as imagens, não é possível ver quem estava dirigindo, por conta dos vidros escuros. Já na noite do dia16, um radar detectou o veículo circulando pela Avenida Engenheiro Caetano Álvares, já na zona Norte da capital. Duas câmeras de segurança na mesma região também registraram o veículo em movimento às 19h09. O carro foi abandonado na Rua Clara de Oliveira e encontrado pela polícia na manhã seguinte, no sábado (17). Segundo a família, não havia sinais de arrombamento ou roubo de pertences. Empresário de São Paulo desaparece depois de reunião de negócios em Cravinhos, SP Redes Sociais Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

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