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MP pede arquivamento de inquérito sobre queda de parte de passarela que feriu trabalhadores em Rio Preto

Parte de passarela cai e deixa feridos em São José do Rio Preto (SP) Gridânia Brait/TV TEM O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) encaminhou à Justiç...

MP pede arquivamento de inquérito sobre queda de parte de passarela que feriu trabalhadores em Rio Preto
MP pede arquivamento de inquérito sobre queda de parte de passarela que feriu trabalhadores em Rio Preto (Foto: Reprodução)

Parte de passarela cai e deixa feridos em São José do Rio Preto (SP) Gridânia Brait/TV TEM O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) encaminhou à Justiça um pedido de arquivamento do inquérito instaurado que investigava queda de parte de uma passarela sobre a linha férrea e que deixou trabalhadores feridos em 2024 em São José do Rio Preto (SP). Segundo a perícia, o acidente ocorreu por uma falha nas soldas que sustentavam a estrutura. De acordo com o promotor Fábio Miskulin, responsável pelo caso, apesar das evidências da responsabilidade civil das empresas envolvidas na obra, não há elementos mínimos para uma ação penal. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp "Em que pese as vítimas terem sofrido lesão corporal grave, não há na investigação elementos seguros a evidenciar que os responsáveis pelas empresas se omitiram quando deveriam agir para evitar o resultado", argumenta o MP, no documento que propõe o arquivamento. A empresa Protendit afirmou que a fixação da estrutura ainda não havia sido finalizada e, portanto, os funcionários não deveriam estar trabalhando no local. Por outro lado, a empresa Constroeste defende que o serviço já estava terminado. Conforme o MP, as versões são conflitantes e não há elementos suficientes para se atribuir a responsabilidade a uma ou outra empresa. Laudo O documento da análise estrutural foi emitido em dezembro do ano passado e acessado pela reportagem no dia 13 de março. A perícia identificou que o rompimento das soldas aconteceu no pilar porque as soldagens “apresentavam fusão e penetração insuficientes para sustentar os esforços aplicados naquela região”, conforme informa o laudo. Quatro trabalhadores ficam feridos após parte de passarela desabar em Rio Preto Na ocasião, um engenheiro e três funcionários da obra, sendo um pedreiro, um carpinteiro e um motorista, ficaram feridos com o desabamento. Um deles ficou em estado grave e precisou ser entubado. Ao g1, o engenheiro civil e estrutural do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), Ciro Araújo, explicou que, após a emissão do laudo técnico, deveriam ser avaliadas as três fases da construção (entenda abaixo). Isso porque, apesar de o documento apontar que houve falha na sustentação do pilar, devido ao rompimento da solda, ou seja, na montagem, não é possível afirmar se o projeto ou construção do material estavam adequados. Fases da construção Projeto - se houve falha nos detalhes das etapas, dados ou do “desenho” para realização da obra; Construção - se houve falha na fabricação do material, que pode apresentar defeito ou baixa qualidade; Montagem - se houve falha na execução, instalação ou sobrecarga do projeto. Obra contratada pela Rumo A construção da passarela foi contratada pela concessionária de ferrovias Rumo junto à empresa Constroeste. Em nota, a Constroeste informou que as obras vão ser retomadas em breve, mas não divulgou uma data, e também esclareceu que, na ocasião, contratou uma empresa que atua no ramo de pré-moldados (Protendit) para executar o projeto. Quatro pessoas ficam feridas em queda de passarela em São José do Rio Preto (SP) Gridânia/Brait Após a queda, a fabricação e montagem da passarela, inclusive os serviços de solda, vão ficar a cargo de outra empresa. Em relação às vítimas, a Constroeste disse ainda que duas já voltaram ao trabalho e uma retornará no início da próxima semana. Em nota, a Rumo informou que contratou a Constroeste para construir a passarela, sendo esta responsável tanto pelo projeto quanto pela execução da obra. Depois do ocorrido, a concessionária cobrou informações, laudos e providências à contratada. Em relação ao inquérito policial, a Rumo diz "não ter ciência, mas está à disposição das autoridades para auxiliar em quaisquer esclarecimentos". Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba. VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

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