Polícia Civil investiga desaparecimento de adolescente por causa de celular em Pontal, SP

Segundo a investigação, Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi levado de casa e agredido após pegar telefone em depósito de bebidas. Jovem foi visto pela últ...

Segundo a investigação, Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi levado de casa e agredido após pegar telefone em depósito de bebidas. Jovem foi visto pela última vez na madrugada de domingo (1). Família diz que estudante foi torturado e está desaparecido em SP A Polícia Civil investiga o desaparecimento de um adolescente de 16 anos em Pontal (SP). Segundo a investigação, Alex Gabriel Santos foi agredido na madrugada do último domingo (1) após ser levado de casa por dois homens e uma mulher em uma caminhonete. De acordo com a família, as agressões teriam acontecido depois que o jovem achou um celular em um depósito de bebidas. Alex saiu de casa na madrugada de domingo para ir ao depósito ao lado da casa dele. Segundo a irmã dele, Kemily Pereira Rocha, algum tempo depois, o adolescente voltou entusiasmado dizendo que tinha encontrado um celular. Ele não tinha um telefone. Kemily conta que após falar com o irmão, foi dormir. Pela manhã, ela não encontrou Alex em casa, mas pensou que ele tinha ido à feira como de costume. Os pais retornaram de uma viagem e, com o passar do tempo sem notícias do filho, começaram a ficar preocupados. A jovem conta que fez contato com amigos do irmão, mas ninguém tinha estado com ele. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Alex Gabriel Santos, de 16 anos, está desaparecido em Pontal, SP Arquivo pessoal Testemunha Segundo a trabalhadora rural Evilene Pereira dos Santos, mãe de Alex, um vizinho contou à polícia que viu quando uma caminhonete parou na porta da casa da família. Segundo a testemunha, Alex foi agredido logo ao sair da residência e colocado à força no veículo. “Ele [Alex] foi no depósito durante a madrugada, viu o celular em cima do balcão, pegou o celular, pôs no bolso. O dono do celular voltou no depósito lá e pediu o celular, aí a moça [funcionária] disse que sabia com quem estava. E nisso ela trouxe esse rapaz aqui na minha casa e chamou meu filho. Quando meu filho saiu, ele já bateu no meu filho, já jogou no carro, foi o que passaram para mim.” Evilene procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência, dando início às buscas pelo adolescente. LEIA TAMBÉM: Irmão relata drama da família por não saber onde está corpo de empresário que desapareceu em SP Saiba quem é Robinson Lino, representante comercial desaparecido em Barrinha Caminhonete usada para transportar Alex até o galpão onde foi agredido em Pontal, SP Reprodução/Câmeras de segurança Confissão Durante a investigação, a Polícia Civil identificou o veículo envolvido no sumiço do jovem. Quatro pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento, sendo que uma delas confessou que o adolescente foi levado a um galpão e agredido. “O fato é que ele foi agredido lá e, segundo o dono da caminhonete, dono do celular, após alguns minutos de agressões contra o adolescente, ele teria levado ele [Alex] e deixado numa estrada de terra próximo a uma mata perto do distrito de Cândia”, diz o delegado Cláudio Messias Alves. Policiais e a família do jovem estiveram no local, mas ele não foi encontrado. A polícia também não encontrou indícios de que o veículo usado para transportar Alex tivesse passado pela região. A caminhonete foi apreendida. O galpão para onde Alex foi levado passou por perícia, e o celular foi recuperado. Galpão onde Alex Gabriel Santos foi agredido antes de desaparecer em Pontal, SP Tiago Aureliano/EPTV Celular achado, e não furtado Assim como a polícia, a mãe acredita que o filho tenha pensado que o celular estava perdido. Para Evilene, mesmo que o jovem tenha praticado um crime, a violência não se justifica. “Eu penso que talvez sim, esse celular estava em cima desse balcão e ele pode ter pegado esse celular. Não estou falando que ele é inocente, porque eu não sei o que aconteceu, mas eu acho que isso não justifica de chegar aqui na minha casa e já agredir o meu filho e sumir com ele.” Apesar da confissão das agressões, todos os suspeitos ouvidos pela polícia foram liberados. De acordo com Alves, a polícia trabalha com duas hipóteses de crime. “Caso ele seja encontrado vivo, a gente pensa na hipótese de sequestro, cárcere privado e tortura. Agora, caso infelizmente, ele venha a ser encontrado morto, eu trabalho com a hipótese de homicídio. Por enquanto, a gente não tem ainda exatamente a linha de investigação a ser tomada. Nesse primeiro momento, todos os esforços estão sendo feitos no sentido de localizar esse adolescente”, afirma o delegado. Depósito de bebidas onde Alex Gabriel Santos pegou celular antes de desaparecer em Pontal, SP Tiago Aureliano/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região